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Ajudando aos Desabrigados - Um Ministério Essencial

Ajudando aos Desabrigados Um Ministério Tangível
Como membro de um grupo de intervenção comunitária chamado Church in the Woods, já vi muitos desabrigados. Podemos encontrá-los nas cidades, nos subúrbios, debaixo de pontes, em parques e em fábricas abandonadas. Vivem em tendas e artifícios feitos de madeira e plástico que desafiam a definição. Alguns dos desabrigados trabalham. Alguns têm problemas de abuso de substâncias. Alguns sofrem de doenças psicológicas. Todos eles querem o que todos nós queremos: amor e compreensão.

Quando estava saindo do Aeroporto de Las Vegas em um carro alugado, vi-o. Desgrenhado e coxo, carregava uma mochila na beira de uma intersecção de uma autoestrada, abriu o zíper e de dentro da sua mochila tirou um cartaz.

À medida que me aproximava, ele desdobrou o cartaz e consegui lê-lo:

Por que mentir?, dizia o sinal. Quero cerveja.

Fiquei impressionado com a honestidade do cartaz e fiquei comovido com a realidade da luta deste homem. Uma vez disseram-me: Se um desabrigado tiver um cartaz engraçado, então provavelmente não tem sido desabrigado por muito tempo.

Ajudando aos Desabrigados A Tendência para Julgar
Para alguns, os desabrigados são uma oportunidade para dar dinheiro e para refletir. Muitas pessoas acham que eles escolheram esse modo de vida. E, em alguns casos, isso não é completamente mentira. Vou explicar com uma ilustração.

Conheço uma senhora que está vivendo numa floresta há 14 anos. Ela cresceu numa casa de classe média na Carolina do Norte. Trabalhava como assistente de enfermagem, morava num apartamento com o namorado até que ele decidiu ir morar em uma outra cidade e ela o acompanhou.

Quando chegaram à nova cidade, nenhum deles conseguiu arranjar emprego. Montaram uma tenda na floresta para conter as despesas. Ela conseguiu arranjar um emprego com um salário baixo e ele começou a beber e tornou-se fisicamente violento. Ela tinha ataques convulsivos ocasionalmente, o que dificultava o seu trabalho e fez com que muitas vezes tivesse que faltar ao trabalho. Perdeu o emprego, o seguro e a medicação que ajudava a controlar as convulsões. Recorreu ao álcool como medicação.

O namorado acabou lhe batendo tanto que teve de ser hospitalizada com as costelas e os ossos faciais quebrados. Quando teve alta, a polícia local a ajudou a construir um abrigo na floresta. Ela permanece lá, ainda se automedicando e tomando conta de vários cães e gatos vadios.

Ajudando aos Desabrigados Alguns Fatos
Em uma área relativamente pequena ao redor do acampamento dessa mulher, há uns 50-60 desabrigados, cada um com uma história única acerca do porquê da sua situação.

• Alguns são imigrantes ilegais.
• Alguns são veteranos de guerra.
• Alguns são pessoas que descobriram que ter um emprego com um salário baixo não é suficiente para pagar a renda, eletricidade, comida e medicamentos.

Pessoas com boas intenções tentam ajudar:

• Muitas pessoas dão sacos de produtos de higiene e de alimentos não perecíveis aos desabrigados que veem na rua.
• Outros lhes dão Bíblias, cobertores ou lonas.
• Alguns lhes dão uma palavra amiga.

Ajudando aos Desabrigados O que Diz a Bíblia
A Bíblia fala muito claramente sobre os desabrigados: E, quando o teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então sustentá-lo-ás, como estrangeiro e peregrino, para que viva contigo. Não tomarás dele usura nem ganho; mas do teu Deus terás temor, para que o teu irmão viva contigo (Levítico 25:35-36).

Porventura não é este o jejum que escolhi? Que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? E que deixes livres os quebrantados, e despedaces todo o jugo? Porventura não é, também, que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda (Isaías 58:6-8).

Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram. Então os justos lhe responderão: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar? O Rei responderá: Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram (Mateus 25:34-40).

Há tantas pessoas que ignoram os desabrigados, em parte porque acham que não podem fazer muito para resolver os seus problemas. E têm toda a razão. Na verdade, não é intenção de Deus que resolvamos os seus problemas, assim como não é a Sua intenção que eles resolvam os nossos.

Jesus nos diz que somos o corpo de Cristo. Todos ricos, pobres, de todas as etnias, de todas as idades têm uma função legítima no corpo. Podemos ir a um campo de desabrigados, a um orfanato ou a uma casa de repouso com a intenção de ajudar alguém, mas, em última análise, estaremos contribuindo para que cresçamos todos juntos como o corpo de Cristo, o que já estava previsto desde o começo dos tempos.

As nossas características ou posses tornam-se impressionantes quando derrubamos barreiras falsas que erguemos à volta do nosso amor. Pense nisso: todos os cristãos são desabrigados espirituais. Vivemos em abrigos temporários, uns mais modestos, outros mais grandiosos, à espera de tomar os nossos lugares na mansão do Senhor.

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